sábado, 25 de fevereiro de 2017

SOLIDÃO?

Por Guilherme Parizio


Depois de Deus a melhor companhia deve ser a nossa. Se não gostamos de estar a sós como podemos reclamar que os outros não queiram estar conosco?
Existem três tipos de solidão:
1- A imposta. É a solidão dos desprezados, dos degredados e dos encarcerados nas solitárias. Solidão não escolhida. Condição terrível, imposta por terceiros e que degrada a alma que sente saudades do que lhe foi tirado de forma compulsória.
2- A auto-infligida. É a solidão acovardada, dos que se retiram do convívio social para evitar a dor. Solidão dos depressivos, dos apáticos, dos misantropos. Os que por este caminham enveredam pensam que fizeram a melhor escolha, não entendendo que não escolheram nada: simplesmente foram levados a isto pela sua enfermidade anímica. Solidão bem conhecida do que escreve estas linhas. Enfraquece o corpo, a alma e o espírito. Constitui-se em uma verdadeira prisão sem grades de ferro.
3- A solidão feliz. É a solidão dos contentes, dos felizes. É a solidão dos que fazem festa na alma. Que não tem necessidade de muitos estímulos sensoriais para se alegrar. Que, independente da "densidade populacional" ao seu redor, ficam serenos. Um sentido de perenidade permeia sua mente. Esta pessoa possui um "ventre" de que corre de rios de água viva!
As duas primeiras modalidades de solidão devem ser evitadas e combatidas ao máximo. A ultima deve ser desejada. Felizes são os que a praticam, pois os que estão ao seu redor sempre irão disputar de sua companhia.

sábado, 23 de abril de 2016

PRIMAZIA DOS ESCRITOS PAULINOS













F.F. Bruce situa cronologicamente as primeiras epístolas paulinas (provavelmente I Tess.) que a epístola de Tiago. A evidência dos que querem provar o contrário se baseia em um manuscrito antigo de Tiago. O que não significa muita coisa pois este pode muito bem ter sido uma cópia antiga de um AUTOGRAFO (escrito origina) posterior. Ou seja, as primeiras cópias do autógrafo de Tiago pode ser esta a que se referem e que foi preservada, ao passo que a cópia de Paulo, que tudo indica ser mais antiga pela evidência interna, se perdeu. 


SOBRE HOMENS E BALEIAS


Ao me deparar com esta foto fico me perguntando até que ponto podemos chegar. Sei que os que estavam jogando esta macabra partida de futebol não são os mesmos que se compadeceram da baleia. Mas a foto é simbólica. Ela representa o descaso pelo próximo, pela vida humana que, numa escala de valores, deveria ser mais importante. 
Mas isto nos faz refletir. Será que somos tão diferentes assim? Será que ao longo de nossa jornada temos observado o semelhante ao nosso redor? Temos deixado a obstinada busca por nosso próprio interesse para por um momento cuidar do outro? Ou fazemos como Caim, que além de se escusar de ser cuidador de seu irmão, na verdade já o havia matado. 
Nós, os chocados com esta foto, devemos ficar atentos para que no jogo da vida não estejamos correndo no campo com cadáveres como plateia.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

O HOLOCAUSTO DO JUCA CHAVES

Guilherme Parizio

Assisti uma parte da uma entrevista com Juca Chaves hoje na Rede Vida e duas coisas me causaram estranheza: o fato de que o entrevistador perguntou em tom irônico se o Juca gostava do atual papa, fazendo careta inclusive (o corpo fala). Isto em um canal católico conservador é meio esquisito. 
O outro fato foi quando o entrevistado, falando sobre controle de natalidade, chegou a conclusão de que o Brasil tinha uma superavit populacional de 120 milhões de habitantes. Pontificou que se estes 120 milhões MORRESSEM agora finalmente o Brasil começaria a viver! 
Mesmo levando em consideração o tom irônico costumaz do Juca, é desconfortável escutar palavras que mais parecem saídas de um NAZISTA, adepto de uma política eugenista, do que da de um JUDEU liberal e que foi um crítico mordaz dos regimes totalitários.
Irônico. Porém, mais do que isso, inapropriado.


quinta-feira, 16 de abril de 2015

ESQUERDA-DIREITA!

Por Guilherme Parizio

Lendo e tentando compreender o argumento do autor. Muito bem escrito, porém ainda não me convenceu totalmente. Vamos ver se ao final da leitura os últimos resquícios de esquerdismo serão desenraizados de mim!
Na verdade hoje me considero de centro-esquerda, defendendo, claro, os princípios cristãos. Seria eu um "conservador de esquerda"? O próprio termo parece incoerente. Mas não consigo me identificar com muitos dos postulados da chamada direita. Como já tive oportunidade de falar aqui, fui comunista aos 13 anos. Comecei a ler Marx e autores socialistas (através da teologia da libertação) com essa idade. Na verdade um pouco antes. Lembro que meu pai chegou lá em casa lá por volta de 83-84 com um livro chamado "CUBA PARA PRINCIPIANTES" que afirmava que a ilha de Fidel era o paraíso na terra! O livro era todo ilustrado e de fácil leitura e aí comecei a me encantar com o sistema. Eu devia ter uns 10 para 11 anos. Doutrinação infantil!
Discuti muito em sala de aula com professores conservadores. Inclusive quase mato Prof Gilberto, do antigo colégio S. Judas Tadeu, do coração (ele passou mal mesmo). Ele era militar reformado do exercito e defendia o golpe de 64, que chamava de REVOLUÇÃO de forma veemente (mentira, revolução tem que partir do povo e não das mesmas forças oligárquicas que sempre se perpetuaram no poder). Metia o pau em Arraes e em Jarbas, que na época eram aliados, e chamava todos de comunistas!

Bons tempos! Mas me arrependo de muita coisa.

domingo, 5 de abril de 2015

INSATISFAÇÃO POPULAR E POLITICA BRASILEIRA


Por Guilherme Parizio

Sou muito avesso a extremismos. Não sou de esquerda, muito menos de direita.

Na adolescência simpatizei com o ideário marxista, mas pelo viés da T.L, que depois, refletindo melhor, provou ser um engano.

Só que não me sinto totalmente à vontade com certos posicionamentos da direita brasileira, que sempre foi tão corrupta quanto a esquerda, e agora quer pegar carona nessa insatisfação popular legitima. E nós, como cristãos, devemos estar atentos a toda e qualquer manipulação.

Vigilância sempre!

MINHA VIDA DE MONGE 


S. BERNARDO DE CLARAVAL
Por Guilherme Parizio

Livros (leitura, conhecimento), boa música (sentido estético e lúdico), cappuccino (mecanismo do prazer) e principalmente DEUS (sentido do sagrado, completude mistica, totalidade do ser, pleroma). Quem precisa casar? 

O PODER E O REINO


Por Guilherme Parizio

Com todas as ressalvas necessárias, me atrevo a citar Caio Fábio.
"ELE CRÊ TANTO EM DEUS QUE NÃO PRECISA TE AVISAR. MENTES À ANTIGA, CRIATURAS SALVAS DO DEMÔNIO DO MARKETING. PESSOAS DO SECRETO DE DEUS."
Caio Fabio se referia a uma família que se instalou em uma praça em Manaus lá pelos anos 70. Os mesmos evangelizaram sem proferir uma palavra, só intercedendo pela cidade e sem placa de igreja. Sei que isso pode causar estranheza na maioria, mas não será que podemos aprender um pouco aqui? Será que estamos mesmo preocupados em divulgar as boas novas do reino ou em perpetuar nossa filiação religiosa? Estamos imbuídos de um projeto de REINO ou de um projeto de PODER?
Refitamos.

domingo, 9 de novembro de 2014

GRAÇA BARATA E GRAÇA CARA



Calma, não me tornei liberal. Só que nesta época onde os ânimos se tornaram tão acirrados e nosso país tão polarizado politicamente, uma mostra de um verdadeiro cristão radical que se posicionou politicamente e pagou com a própria vida por sua escolha. Gostaria de saber se nós estaríamos dispostos a ir tão longe. Por favor, assista até o fim!

domingo, 20 de abril de 2014

AOS "IRMÃOS SEPARADOS"

Por Guilherme Parizio

Bem amigos, quem leu minha ultima postagem viu como eu fiquei chateado (eufemismo para furioso) com o episódio da falsa citação do religioso conhecido como Frei Damião. Fiquei tão indignado que publiquei aqui no meu blog o que escrevi no face. Em tempo: para meus amigos católicos informo que minha indignação não se deve a minha suposta simpatia para com a igreja que tem como chefe o Bispo de Roma. Não foi isso. A questão aqui foi atribuírem a minha pessoa a citação de uma figura controversa, obscurantista, fanática e (segundo alguns) incitador da violência para com outros credos. Não tenho nenhum receio em afirmar que possuo grandes amigos em grupos que não comungam do mesmas convicções doutrinarias que as minhas. Dedico também minha admiração a figuras históricas e personagens de nossa época que fizeram e fazem parte do REINO DE DEUS e não se encontram em nossas fileiras. As fotos que ilustram esta postagem é de uma visita que um líder protestante fez ao Papa Francisco. São imagens que mostram o esforço ecumênico que esses dois setores da cristandade tem produzido.